Existem algumas maneiras da epilepsia acontecer: a congênita e a emocional.
A) A congênita é aquela que vem acompanhada de sua má formação neural;
B) A emocional é aquela que, em alguns casos, é criada pelo individuo como um instrumento de defesa.
Para exemplificar vou contar aqui um acontecimento que faz com que um indivíduo crie seu próprio instrumento de defesa para se proteger de um agressor. Em meu consultório apareceu uma criança do sexo feminino que há alguns anos estava sendo tratada de epilepsia com remédios tarjados e viciantes a mais ou menos 3 anos.
Apesar dos seus dezesseis anos de idade chegou carregada pela mãe em condições lastimáveis. Estava tão dopada que não conseguia se comunicar e nem expressar seus sentimentos. Como ela não conseguia se expressar, conversando com a mãe ela me informou que sua filha estava tendo epilepsia desde os treze anos de idade e que anteriormente não tinha “esses ataques”.
Após relutar, a mãe, conta uma “istória” nada convincente que de forma alguma levaria alguém a fazer uma epilepsia. Não vou entrar em detalhes para não alongar a explanação. Orientada que deveria trazer a filha sem tomar os medicamentos, pelo menos no primeiro atendimento ela concorda e assim o faz. Trabalhei com essa criança durantes alguns dias e cheguei a triste conclusão que ela foi estuprada pelo pai e que foi obrigada a contar a “istoria” que contava para não sofrer represálias e que com medo da reincidência ela ficou “doente”.
Após os atendimentos ela deixa de fazer as epilepsias apesar de ainda conviver com o agressor. Não tenho como afirmar, porque para isso precisaria ser realizado em estudo neurológico, mas, vejo que os medicamentos deixaram sequelas na formação cognitiva Partindo desse caso posso afirmar que a epilepsia quando de origem emocional, pode se sim, ser tratada e revertida com um processo breve de hipnoterapia.
Domingos Cerávolo – dC. 08/2019
Psicanalista e Hipnólogo Clínico