Vivemos em uma prisão virtual sem perceber por estarmos acostumados a ela.
Essa prisão é composta de grades virtuais, construídas durante a nossa vida, com materiais também virtuais, que denomino de informações, crenças, dogmas e paradigmas.
Esses materiais virtuais, criam em nossa mente física, um grande labirinto, onde através da repetição constante dessas informações virtuais, mais grades, colocaremos ao nosso redor.
Esse labirinto, recheado da nossa mais pura apatia reforça, sutilmente as grandes grades da prisão virtual. Cada dia ficamos mais presos e indefesos. O pior de tudo, é que nessa apatia é o lugar onde escondemos a chave da nossa libertação da prisão virtual.
Para que isso permaneça como está, continuaremos mentindo para nós mesmos, sempre dizendo que tudo está bem, que tudo apenas não passa de coisas momentâneas ou passageiras.
O outro esconderijo da chave da libertação está no esperar. Sim, esperar que algo aconteça ou, que alguém nos liberte de nós mesmos.
Esperar que outro faça por nós. Nessa esperança, tem muita gente prometendo coisas que nunca irão cumprir, mas, nas entrelinhas sempre alertam para que façamos a nossa parte. Então, este é o resultado do esperar.
Está na hora de acordarmos para a realidade. Posso dizer que mesmo sendo complicado viver num mundo fora do entendimento, que é muito melhor viver na realidade, do que viver na prazerosa ilusão momentânea.
O labirinto de informações contido em nosso cérebro físico, recheado da mais pura apatia, faz com que vivamos confortavelmente, e iludidos por nós mesmos num desconforto proporcionado.
Quem vive nessa prisão virtual, sempre encontrará um culpado pela sua estagnação em todos os sentidos. Culpam os genitores, a sociedade que não lhe deu a oportunidade que, diga-se de passagem, ele não saiu atrás para conquistar e, com isso, continuar vivendo dentro da desconfortável e viável, prisão mental.
Houve um tempo, que esse meu relato seria rotulado como teoria da conspiração. Há muito tempo venho trazendo a tona essa teoria. procurando com ela, conspirar para o despertar, dos que muito sabem, dos que pouco sabem, dos que nada sabem e nem querem saber, para que deixem de viver dentro do caos mental em que vivem, que sempre resultou, entre outras coisas, em doenças “psicossomáticas”.
Se todos nós, olhássemos para dentro dos nossos olhos em um espelho e, realmente nos perguntasse, por que estou vivendo assim, quem sabe, a chave dessa prisão tão cruel, começaria a se materializar?
Mudanças sempre darão um pouco de trabalho, mas no término serão muito gratificantes.
Domingos Cerávolo – MMXXIII
Hipnólogo Clinico Cognitivo